Grande Loja Maçônica
do Estado do Rio Grande do Sul
04 de setembro de 2024

Avançam as obras de reconstrução da Grande Loja

Totalmente destruído na enchente de maio, a maior tragédia climática já vivida pelos gaúchos, o andar térreo do Palácio Maçônico Oswaldo Nunes, sede da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul, vem sendo recuperado desde o momento em que a água baixou e foi possível dar início à reconstrução.

As obras estão bastante avançadas, permitindo projetar a retomada plena da área para final de outubro ou começo de novembro. “Neste momento o que está mais próximo é a reabertura da entrada pela avenida Praia de Belas”, informa o Grande Secretário, Irmão Mustafa Ricardo Hasan Mustafa. Hoje o único acesso ao prédio é pela avenida Aureliano de Figueiredo Pinto.

A água e o lodo que invadiram a GLMERGS provocaram danos irreversíveis na recepção, protocolo, cafeteria, área de espera, cozinha, salão de ágapes e todas as demais salas do andar térreo. Paramentos, manuais e documentos que estavam no protocolo tiveram que ser destruídos, pois não tinham mais utilidade. “Pouca coisa sobrou. Estamos reaproveitando quatro bancos de madeira maciça, estátua, pedras dos quatro elementos e o suporte das bandeiras. O restante foi tudo descartado”, diz Mustafa.

As placas recebidas pela Grande Loja ao longo da história e que ficavam nas paredes do andar térreo perderam as estruturas de madeira. As partes em metal serão restauradas e ao longo do tempo recolocadas em novas estruturas. O mesmo será feito com a Galeria de Honra, onde estão as fotos de todos os Grão-Mestres. “Felizmente essas fotos a Grande Loja tem em arquivo e será possível refazer todos os quadros”, informa o Grande Secretário.

Além de móveis e estruturas danificadas, todas as instalações elétricas e eletrônicas, computadores, impressoras e eletrodomésticos foram perdidos. Inclusive as paredes em drywall. Tudo está sendo reconstruído. “Uma das dificuldades que estamos tendo é a escassez de materiais. Nos elevadores ainda faltam alguns botões porque não têm no mercado.”

Outro item que vem dando bastante trabalho, segundo o Grande Secretário, são os preços de materiais e serviços. “Quando não falta algum item, os preços estão nas alturas. Infelizmente os fornecedores em Porto Alegre estão com preços muito elevados. Mas procuramos em outras cidades e estamos encontrando valores bem mais em conta com a mesma qualidade ou até melhor”, explica Mustafa.

O custo da obra de recuperação não é pequeno. Apesar de ainda não estar concluída, portanto não há um número final, o Grande Secretário afirma que consumirá além do valor orçado anualmente para a manutenção de toda a Grande Loja. “No orçamento temos previsão para manutenção, adequado para as necessidades rotineiras. Porém, essa tragédia não teve nada de rotineira e a reconstrução está exigindo maior volume de recursos”, informa. “Contudo, não há risco de paralisação das obras e elas seguem dentro do cronograma.”